terça-feira, 1 de outubro de 2013

Perfil espiritual de Jesus Bom Pastor


Todo batizado que assume algum ministério pastoral da Igreja deve fixar seu olhar em Jesus Cristo – o Bom Pastor – para descobrir em suas atitudes profundas elementos que nos fortalece na missão e desta maneira configurarmos nossa vida a sua (Jo 10, 14-15). 

Os agentes de pastoral devem assumir o perfil espiritual de Cristo Bom Pastor para manifestar a vontade de Deus em meio às nossas atividades e ações missionárias. Elencaremos algumas características que nos ajudam nesta reflexão:

1. O ministério pastoral exige que nossas atitudes tenham disposição para servir por amor e com amor mesmo diante das motivações contrárias (dinheiro, poder, fama, disputa...). O segredo último e radical de todo nosso ser e fazer é o AMOR (Jo 10,17);

2. Jesus conhece suas ovelhas. Por isso, nós somos impelidos a viver em comunhão vital com nossos irmãos e nossas irmãs com amor experimental forte e concreto para formarmos uma única família em Deus;

3. Um traço distintivo da missão de Jesus é “ser vida” e comunicar a “vida eterna” com suas palavras, com seus atos e com a sua própria pessoa. Esta é a práxis da nossa pastoral: como estamos vivendo esta dimensão de comunicar a Vida?

4. Precisamos retornar a Deus e abrir o coração para receber as boas notícias que Jesus nos traz da parte do Pai para assim sermos “evangelho vivo” iluminando a vida das pessoas e curando suas feridas;

5. O Bom Pastor deve dedicar-se com interesse a seu rebanho, ensinar e educar as ovelhas; e estas ouvem-no, obedecem-no e aprendem. Jamais explora suas ovelhas!

6. O espírito de serviço é a característica de todo evangelizador; servir e não ser servido (Lc 22,27; Mc 10, 43-45; Jo 13, 13-15);

6. Jesus é um Pastor misericordioso: ele conduz as ovelhas por caminhos seguros, protege-as de todo possível dano, liberte-as de qualquer perigo, tira-as do atoleiro e cura as feridas que possam ter sofrido.

Diante destas características podemos realizar um exame de consciência sobre nossas ações e atitudes diante da comunicação do Evangelho e da nossa pastoral. Será que nosso discurso condiz com nosso testemunho? Qual é a minha experiência pessoal, enquanto ovelha pastoreada por Jesus? São com estas e outras indagações que poderemos compreender estas atitudes: servir, evangelizar, curar, libertar e consolar com amor, compaixão e misericórdia como inerentes a nossa vocação.

Reflexões baseadas no livro Espiritualidade pastoral: como superar uma pastoral “sem alma”? de Salvador Valadez Fuentes

Seminarista Edisandro Barros

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